A CULTURA DO LIVRO DIDÁTICO PRECISA SER DEBATIDA NO CONTEXTO DA COMUNIDADE ESCOLAR


LIVROS DIDÁTICOS PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS

Pensamentos limitantes corroem o processo de aprendizagem e desenvolvimento dos/as estudantes e dos/as profissionais da educação. 

Até agosto, 44 milhões de livros chegarão às escolas públicas do país

Até agosto, 44 milhões de livros chegarão às escolas públicas de todo o país, segundo estimativas dos Correios que estão responsáveis pelas entregas. A distribuição do material, que é parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), começou a ser feita hoje (13). Essa primeira remessa representa 30% do volume total previsto para atender a demanda do próximo ano[1].

São muitas expectativas dos/as profissionais da educação, do/as estudantes e das famílias com a chegada dos livros.

Expectativas que geralmente se frustram com a qualidade das proposições que constam em cada capítulo.

Por isso, é de extrema importância que a cultura do livro didático seja debatida no contexto da comunidade escolar.

Não sou contra a adesão do livro didático, desde que o mesmo não constitua o único recurso didático pedagógico no processo de ensino aprendizagem.

Os conhecimentos que constam nos referidos livros, precisam ser confrontados com outras ideias, isto é, com outros autores e outras autoras.

É isso mesmo!

Precisamos incentivar os/as estudantes a buscarem diferentes pareceres em outras fontes, para então, produzirem os seus conceitos.

Quando nos limitamos aos conhecimentos e atividades propostas nos livros didáticos, subjugamos a inteligência dos/as estudantes.

E, o pior, não proporcionamos o desenvolvimento das suas funções psicológicas superiores, isto é, do seu intelecto.

Por isso, é muito importante ficarmos atentos/as com a qualidade dos conhecimentos que estão chegando às escolas. Afinal são 44 milhões de livros que chegarão às escolas públicas de todo o país.

Precisamos analisar com rigor os conhecimentos propostos. 

Não podemos aceitar que pensamentos limitantes invadam as salas de aula. 

É verdade! Não estou exagerando...

Muitas vezes nos deparamos com conhecimentos aligeirados.

Sim! São resumos que permeiam as páginas que nossos filhos e/ou filhas terão acesso ao longo dos 200 dias letivos.

Precisamos prestar muita atenção! Pensamentos limitantes corroem o processo de aprendizagem e desenvolvimento.

Libertem-se! Leiam cada capítulo com criticidade.

Emancipem-se! Não se apeguem ao aligeiramento dos conhecimentos propostos em muitos livros didáticos.

Sejam questionadores! Duvidem das informações e promovam confrontos com outras ideias.

Dialoguem! Promova debates, reflexões e pesquisas numa perspectiva de mediação dialética.

Quem sabe algum dia as escolas estarão em condições de produzirem com os/as estudantes os seus materiais didáticos pedagógicos, num processo de intensa pesquisa e produção de conhecimentos.

Só assim acontecerá de fato a apropriação dos conhecimentos. Não é mesmo?

É nessa perspectiva que garantiremos a formação de consciências críticas.

Caso contrário, continuaremos formando meros executores de tarefas escolares.

O que você deseja para as crianças, adolescentes e jovens da sua escola?
O que você almeja para as crianças, adolescentes e jovens da sua família?
O que você gostaria que seus filhos e/ou filhas aprendessem no tempo espaço escolar?

Estas reflexões são fundamentais!

É muito importante que a comunidade escolar esteja atenta à qualidade dos livros que estão chegando às mãos dos/as estudantes.


[1] Agência Brasil

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