ATITUDES RACISTAS, UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO!?
O que estamos fazendo com a educação das crianças, dos adolescentes e jovens do nosso Brasil?
Especialistas defendem ensino de cultura negra e indígena nas universidades
“Nosso foco está na
formação de professores, porque essa área não está contemplada na formação de
professores. No que diz respeito à história da cultura negra, é importante a
gente investir na pesquisa e na formação desses profissionais”, disse a secretária
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade (Secadi), do Ministério da
Educação (MEC), Macaé dos Santos. “Temos que incidir sobre os cursos de
licenciatura e também em formação continuada ”, completa.
Macaé destaca, no entanto,
que existem mais de 20 universidades no Brasil que ofertam cursos de
licenciatura intercultural indígena para professores indígenas. Para Benedito
Prézia, coordenador do programa Pindorama, de educação indígena na Pontifícia
Universidade de São Paulo (PUC-SP), é necessário mais abertura das instituições
de ensino superior com a história dos índios brasileiros. “A própria
universidade não se abriu para a história indígena”, diz. Para ele, os
professores da rede de ensino básico não abordam as questões em sala de aula,
por não terem visto o assunto na universidade.
Os movimentos sociais foram
lembrado durante o debate. Para Macaé, os avanços na área, inclusive a criação
da Lei 11.645/08, foram fruto de luta desse setor da sociedade. O professor
Valter Roberto Silvério, no entanto, alerta para a distorção da história nos
livros escolares. “Havia, nos materiais de ensino básico e superior,
informações equivocadas do que sejam as populações negras. Ainda há, mas isso
tem mudado, melhorado ao longo do tempo”.
De acordo com Silvério, o
racismo que é observado até hoje no Brasil pode ter bases também nos livros de
história. “Eu me lembro que nos livros didáticos havia uma semelhança muito
grande do negro com o macaco”. Ele destacou ainda que uma grande figura da
história do Brasil foi descaracterizada ao longo dos anos: “Machado de Assis
foi sendo embranquecido ao longo dos anos. Ainda vivemos essa tensão de que
nossas lideranças negras são, ao longo do processo, embranquecidas”.
Grifos NossosAutor: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-04/especialistas-defendem-ensino-de-cultura-negra-e-indigena-nas-universidades
PARA PENSAR!
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”
Nelson Mandela
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