PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO: Rumos preocupantes!
O Desmonte da Escola Pública e os Efeitos da Reforma do
Ensino Médio: Exclusão, Precarização, Privatização, Desresponsabilização do
Estado
Conforme destaca a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Jornal
Folha de S. Paulo do dia 20/03/2018, veiculou matéria sobre a aprovação da Lei
13.415/17 que teve origem na MP 746/16.
Veja o que nos fala a Campanha!
Veja o que nos fala a Campanha!
A Lei da reforma do ensino médio
passou a permitir que fossem utilizados recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos Profissionais da
Educação (FUNDEB) para realização de parceiras com o setor privado, inclusive
para que empresas de educação à distância ofertassem cursos nessa modalidade e
que seriam usados para a integralização dos currículos dos/das estudantes nesse
nível de ensino. O empenho em agradar o empresariado nacional, interlocutor
preferencial do MEC, no entanto, eleva essa possibilidade ao extremo ao
regulamentar que até 40% do Ensino Médio possa ser feito a distância…
São amplamente conhecidas as
condições de precariedade de grande parte da oferta pública da última etapa
educação básica no País, que carece de maiores investimentos. A Reforma do
Ensino Médio vai aprofundar essa precariedade, reduzindo o currículo ao mínimo,
e agora, induzindo a oferta à distância. A Reforma do Ensino Médio amplia as
desigualdades educacionais que marcam o processo formativo da(s) juventude(s)
brasileiras e retira dos/das jovens, sobretudo os da escola pública, o direito
a uma formação plena, de qualidade, como requer e estabelece a Constituição
Federal de 1988, consolidando o processo de apartheid social dos mais pobres.
O financiamento da oferta privada
com recursos públicos significa, além de privatização stricto sensu, que o
governo federal e os governos distrital e estaduais estarão terceirizando o que
é de sua responsabilidade constitucional. O ensino médio é parte constitutiva
da educação básica e precisa cumprir a função precípua de contribuir para o
desenvolvimento pleno dos estudantes. Não é admissível que frente ao
desenvolvimento histórico da ciência, da arte e da cultura os jovens pobres
sejam afastados da escola limitando o tempo presencial a três dias por semana.
Igualmente inadmissível é o uso do dinheiro público para a mercantilização
desse ensino de acordo com interesses, demandas e necessidades que não
correspondem aos das nossas juventudes.
Igualmente grave é possibilidade
de mudança de orientação curricular desses cursos, a partir de parâmetros
mercadológicos e neoliberais, que predominam nas iniciativas privadas,
comprometendo uma formação sólida, critica e contextualizada socialmente para
todos os estudantes do ensino médio. A atualização das Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio, com o fim de regulamentar a reforma, está
ocorrendo de forma restrita no Conselho Nacional de Educação, sem participação
das pessoas diretamente interessadas, o que agrava o problema apontado. É
urgente que o CNE abra o diálogo com a sociedade, as instituições formadoras,
as entidades representativas de pesquisadores, professores e estudantes, como
já o fez em outros momentos de sua história, e não apenas com o empresariado.
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