Como estão os jovens do campo, nas escolas das regiões rurais do país e os indígenas?



“Temos notado que a realidade dos jovens moradores das pequenas cidades, do campo, e também os indígenas, ainda é pouco conhecida quando comparada com a dos moradores dos grandes centros urbanos. Isso ocorre porque parte significativa dos estudos e pesquisas está concentrada em universidades localizadas nos centros urbanos, notadamente do sul e do sudeste, e também devido ao caráter continental do país, algo que encarece sensivelmente o trabalho de investigação em áreas mais afastadas. De toda forma, temos dados suficientes para dizer que as condições de vida dos jovens nas áreas rurais são prejudicadas pela ausência de políticas agrárias efetivas que possam melhorar a vida de quem mora lá, em especial, uma reforma agrária que pudesse significar expectativas reais de permanência dos jovens rurais em seus lugares de origem, sem, evidentemente, cercear a liberdade de livre circulação e escolha de um novo e urbano lugar de moradia. No caso dos jovens indígenas, temos a urgência de políticas públicas que possam apoiá-los/as a superar o duplo desafio de serem jovens do mundo contemporâneo e, ao mesmo tempo, sujeitos que buscam preservar a identidade cultural indígena. Isso não se faz sem a garantia da permanência em terras ancestrais e, ao mesmo tempo, o envolvimento da sociedade. Para isso, são necessárias políticas de saúde, de escolarização, notadamente de nível médio, de cultura e lazer e de acesso ao emprego. O alarmante índice de suicídios de jovens indígenas, se comparado com as médias nacionais e internacionais para a mesma idade, expressam a situação de sujeitos que experimentam um estado mórbido provocado por realidades em que as condições não permitem a vivência da cultura e da identidade original nem tampouco a integração na sociedade não indígena”

Essa é parte da entrevista intitulada As escolas deveriam se convencer de que não é a fonte do acesso ao saber, com Paulo Carrano para a Revista Coletiva

A escola como espaço de reconhecimento do jovem, as diferentes realidades vividas pela juventude brasileira e a própria diversidade dessa categoria social constituem o foco da entrevista.

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