Inep divulga dados do Censo Escolar 2018
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresentou nessa quinta-feira (31), os resultados finais do Censo Escolar referente a 2018. As informações foram apresentadas em coletiva de imprensa, na sede da autarquia, pelo diretor de Estatísticas Educacionais, Carlos Eduardo Moreno Sampaio. Participaram também o presidente do Inep, Marcus Vinícius Rodrigues; e o secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Luiz Antônio Tozi.
Os dados finais das escolas
públicas brasileiras, coletados pelo Censo Escolar, foram publicados no Diário
Oficial da União (DOU), no dia 21 de dezembro de 2018. Hoje, foram apresentados
os resultados finais do Censo Escolar com todas as redes de ensino, de maneira
contextualizada e com os microdados. Os resultados do Censo são essenciais para
nortear as políticas públicas educacionais.
Confira abaixo detalhes da
divulgação.
Educação Infantil
Dados revelam que essa etapa
abarca 8,7 milhões de alunos, somando creche e pré-escola. Na faixa etária
adequada à creche (até 3 anos de idade), o país registrou 3,6 milhões de alunos
matriculados, o equivalente a 32,7% do total de crianças, indicando que ainda
há um substancial espaço para ampliação da oferta de matrículas. Isso porque, o
Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/ 2014) estabelece que, até 2024, 50% das
crianças nessa faixa etária deverão estar matriculadas em creches do país. No
período de 2014 a 2018, as matrículas cresceram 23,8%. Em 2018, o aumento foi
de 5,3%.
No que tange à faixa etária
adequada à pré-escola (4 e 5 anos), o país tem, atualmente, 5,2 milhões de
alunos, o que corresponde a 91,7% do total de crianças. De acordo com o PNE, a
meta era universalizar esse atendimento até 2016, alcançando 100% dos
estudantes brasileiros.
Ensino Fundamental
Essa é a maior etapa de toda a
educação básica, com 27, 2 milhões de alunos. Nos anos iniciais são 15,2
milhões de alunos matriculados e nos anos finais 12 milhões. Com 10,3 milhões
de alunos, a rede municipal tem uma participação de 67,8% no total de
matrículas dos anos iniciais e concentra 83,5% dos alunos da rede pública.
Com 5 milhões de alunos, a rede
estadual tem participação de 41,9% no total de matrículas dos anos finais,
dividindo a responsabilidade do poder público nesta etapa com os municípios,
que possuem 5,1 milhões de alunos, ou seja, 42,8%.
Ainda no ensino fundamental, os
dados revelam que há diferenças expressivas entre as taxas de aprovação por
série. Apesar de superiores nos anos iniciais, é preocupante a baixa aprovação no
3º ano, quando a criança tem 8 anos e está no final do ciclo de alfabetização.
Distorção Idade-Série
Os gráficos mostram também a
elevação considerável da distorção idade-série no 5º ano, o que indica que a
trajetória dos alunos, já nos anos iniciais, é irregular. Uma das principais
razões apontadas pelo secretário-executivo do MEC, Luiz Antônio Tozi, são
falhas nos anos iniciais, onde ocorre o processo de alfabetização.
De acordo com Tozi, o objetivo da atual gestão é melhorar a educação básica. Um dos focos, que consta também entre as metas prioritárias, é a alfabetização. “O que está planejado já é ampliar a caixa de ferramentas do docente”, diz. Segundo ele, a pasta irá oferecer opções aos professores, ainda na formação. A alfabetização está entre as 35 metas prioritárias para os 100 primeiros dias de governo.
De acordo com Tozi, o objetivo da atual gestão é melhorar a educação básica. Um dos focos, que consta também entre as metas prioritárias, é a alfabetização. “O que está planejado já é ampliar a caixa de ferramentas do docente”, diz. Segundo ele, a pasta irá oferecer opções aos professores, ainda na formação. A alfabetização está entre as 35 metas prioritárias para os 100 primeiros dias de governo.
Ensino Médio
O número de matrículas nessa
etapa caiu de 7,9 milhões em 2017 para 7,7 milhões em 2018. Segundo Carlos
Eduardo Moreno, diretor de Estatística Educacionais do Inep, o total de matrículas
do ensino médio segue tendência de queda nos últimos anos. “Isso se deve tanto
a componentes demográficos, quanto à melhoria no fluxo no ensino médio, no qual
a taxa de aprovação subiu três pontos percentuais de 2013 a 2017. A queda
também pode ser explicada pelas altas taxas de evasão e da migração de alunos
para a Educação de Jovens e Adultos (EJA)”.
Educação Especial
De 2008 a 2018, os gráficos
apontam um crescimento no número de matrículas dos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades incluídos em
classes comuns. Em 2018, 85,9% desses alunos estavam incluídos em classes
comuns. Mais da metade (64,6%) das escolas brasileiras têm alunos com deficiência
matriculados em turmas regulares. Em 2008 esse percentual era de 31%.
Este avanço, segundo aponta o
Inep, está em consonância com o que prevê o PNE que estabelece que a
universalização deve incluir este segmento da população de 4 a 17 anos,
preferencialmente na rede regular de ensino.
Tempo Integral
Houve uma queda das matrículas na
educação infantil e no ensino fundamental. Na educação infantil a taxa de
matrículas em tempo integral em 2018 era de 29,8% - ante 30% em 2017. No ensino
fundamental caiu de 13,9% em 2017 para 9,4 em 2018. Atender em tempo integral
pelo menos 25% dos alunos da educação básica até 2024 também está entre as
metas do PNE. Assim, os desafios ainda são expressivos para alcançar o objetivo
do Plano.
Para conferir a apresentação completa
do Inep sobre os resultados do Censo Escolar, clique aqui (https://bit.ly/2CVBBoR)
Confira também:
Notas Estatísticas (https://bit.ly/2UveIQo)
Sinopses Estatísticas (https://bit.ly/2MIuWCZ)
Microdados (https://bit.ly/2G20ROe)
Indicadores Educacionais (https://bit.ly/2A4gDpu)
Fonte: Undime
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