Projetos para jovens do campo vão receber investimentos de R$ 5 milhões



Com objetivo de investir em projetos destinados aos jovens do campo, foi lançado no último dia (27), durante evento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o edital da Juventude Rural que estabelece a parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundação do Banco do Brasil.
De acordo com o edital, serão destinados R$ 5 milhões  do fundo social para projetos de cooperativas e associações de jovens, de 15 anos a 29 anos, com mais de dois anos de existência, voltados para produção. Os projetos selecionados receberão de R$ 70 mil a R$ 200 mil. Estão incluídas populações indígenas, quilombolas e extrativistas.
Os projetos deverão ser executados nos próximos 18 meses e os recursos poderão ser investidos em máquinas e equipamentos, de fabricação nacional; implantação de lavoura permanente em área coletiva; entre outros. As propostas devem ser encaminhadas à Fundação Banco do Brasil até o dia 30 de junho.
Com foco na agroecologia, também foi assinado edital que trata da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que  atenderá, em três anos, 22,8 mil jovens trabalhadores rurais de 23 estados brasileiros com assistência técnica aos jovens.
As medidas foram anunciadas após a Contag entregar, no dia 18 de março, a Carta Proposta da Juventude Rural Brasileira e da América Latina ao governo. Entre as demandas da carta, estão a ampliação da reforma agrária, da agricultura familiar e do crédito fundiário para os jovens. 
O presidente da Contag, Alberto Ercílio Broch, disse que a falta de perspectivas está expulsando os jovens do campo. Atualmente, são cerca de 8 milhões, que representam 27% da população rural do país. Desses, 2,3 milhões, eram, em 2010, extremamente pobres, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)."Falta incentivo para esses jovens ficarem na roça, 84% querem permanecer, mas saem por não terem acesso a políticas e vão em busca de outras oportunidades". 
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, destacou que os atos assinados nesta segunda-feira atendem algumas das demandas, mas que outras medidas serão anunciadas brevemente. "Os convênios que assinamos hoje aqui são destinados à juventude do campo. Teremos outras iniciativas e outros atos proximamente, se Deus quiser". 
Também presente no evento, o ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas, falou sobre a questão da saúde e educação no campo que, segundo ele, deve ser tratada de forma federativa. "Quando a gente fala em saúde e educação, são políticas federativas. Um país do tamanho continental como o Brasil precisa trabalhar de forma federativa. Não é só União, mas os estados e municípios devem atuar também. A infraestrutura melhorou muito no campo nos últimos anos, mas ainda temos um trabalho grandioso".
Autor: Agência Brasil 







 "Falta incentivo para esses jovens ficarem na roça, 84% querem permanecer, mas saem por não terem acesso a políticas e vão em busca de outras oportunidades".
- O que significa ficar na roça?
- Que tipo de incentivo os(as) jovens que moram no campo estão precisando?
- Os(As) jovens que moram no campo, são sujeitos de direitos. Têm direito há uma vida digna no espaço tempo em que vivem!
- Quais são as políticas públicas destinadas ao campo, que possibilitam a inserção dos(as) jovens em seu próprio território campesino?
- A quantas anda as políticas para a Educação do/no Campo?
- Você conhece os materiais didáticos destinados às escolas do campo?
- Que diferença podemos estabelecer entre o sentido significado de ficar na roça e o de ser inserido(a) no tempo espaço (território) campesino?

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