Entenda o que muda com o novo currículo do ensino público brasileiro
Para definir os objetivos da aprendizagem na educação pública, o ministério da Educação apresentou na última semana a proposta preliminar para discussão da Base Nacional Comum Curricular
de ensino. O documento vai reformular e determinar o currículo mínimo
para todos os alunos das escolas de educação básica do Brasil.
Por isso, entre 25 de setembro e 15 de
dezembro, o governo irá receber contribuições para este novo currículo,
já disponível para consulta pública. A proposta final deverá ser entregue até abril ao Conselho Nacional de Educação.
A proposta foi desenvolvida por
determinação do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas,
diretrizes e estratégias para a educação brasileira. A ideia, segundo o
secretário de Educação Básica do MEC, Manuel Palácios, é "que sejam
especificados, por ano e por componente curricular, os objetivos de
aprendizagem do governo federal”.
Na prática, a Base Nacional apresenta os
conteúdos mínimos a serem vistos em sala de aula para as áreas de
linguagem, matemática, ciências da natureza e ciências humanas em cada
etapa escolar do estudante.
Segundo o documento preliminar, o
currículo terá 60% de conteúdos comuns para a Educação Básica do ensino
público e do privado. Os 40% restantes serão determinados regionalmente,
considerando as escolhas de cada sistema educacional.
No entendimento de Palácios, o novo
currículo vai se alinhar com avaliações nacionais, como a Prova Brasil e
o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O que é a Base Nacional Comum de ensino?
A Base Nacional Comum Curricular vai
funcionar como uma cartilha para determinar o que todos os estudantes
brasileiros têm direito e devem aprender durante o ensino público.
Como era antes?
Segundo o Secretário de Educação Básica,
Manuel Palácios, o Brasil não tinha uma norma curricular comum a todos
os estados e muitos currículos só foram elaborados recentemente.
As mudanças vão valer para quem?
Após a entrega da proposta final, a base
curricular vai determinar um currículo mínimo para todos os alunos das
190 mil escolas de educação básica do País, públicas e particulares.
Em que áreas do aprendizado ela será aplicada?
A Base Nacional Comum vai esclarecer
quais são os elementos fundamentais que precisam ser ensinados nas áreas
da Matemática, das Linguagens e das Ciências da Natureza e Humanas.
Mas como ficam as diferenças regionais no ensino?
Apesar da proposta definir cerca de 60%
do conteúdo escolar, os mais de 2 milhões de professores continuarão
podendo escolher os melhores caminhos de como ensinar e, também, quais
outros elementos precisam ser somados nesse processo de aprendizagem e
desenvolvimento de seus alunos. Tudo isso respeitando a diversidade, as
particularidades e os contextos de onde estão.
Na prática, uma parte do currículo será
comum a todas as escolas; outra, regionalizada, deve ser construída em
diálogo com a primeira e de acordo não apenas com a cultura local, mas
também com a realidade de cada escola.
Quem está participando da elaboração da proposta?
Na atual fase, a Secretaria de Educação
Básica do Ministério da Educação conta com um Comitê de Assessores que
trabalha na produção de uma proposta preliminar. Temos o apoio de uma
comissão de 116 especialistas, de 35 universidades e professores da
Educação Básica organizados em comissões por área/componente
curricular/etapa da educação básica.
Quem pode contribuir?
Todos os brasileiros podem contribuir
com o debate sobre a Base Nacional Comum. Isso pode ser feito por meio
da plataforma digital criado pelo MEC. Confira aqui
Autor: Portal Brasil
http://www.brasil.gov.br/educacao/2015/09/entenda-o-que-muda-com-o-novo-curriculo-do-ensino-publico-brasileiro
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