Base Nacional Comum! Que educação desejamos para o Brasil?
Base Nacional Comum!
Estamos num momento em que a comunidade escolar é convocada a dar a sua opinião em relação à educação que desejamos para o
nosso País - Brasil.
É um momento muito importante, pois se abre a
possibilidade de profissionais da educação (professoras/es, pedagogas/os,
diretoras/es, auxiliares da educação infantil e da educação especial,
secretárias/os escolares, serventes, merendeiras, vigias/guardas, dentre
outras/os tão importantes) a opinarem sobre a educação brasileira. Nesse bojo
se inserem as/os estudantes, bem como as famílias, as comunidades, os
movimentos sociais e outras/os corresponsáveis pela educação escolar. Esta é a comunidade escolar!
No entanto, a nossa perplexidade quando a referida comunidade escolar é convocada a fazer uma análise aligeirada das proposições já encaminhadas
por especialistas e doutores que não representam a base.
Mas quem é a BASE?
Essa é uma pergunta que se faz necessária. Quem é a BASE? A BASE não seria a comunidade escolar?
Nesse caso as organizações e os especialistas convocados em primeira instância para produzir o documento base, deveriam ser inseridos no processo para organizar e sistematizar os
dizeres da BASE. Dizeres e proposições de quem luta incansavelmente pela garantia da
qualidade da educação básica. Mesmo sem ser ouvida, a comunidade escolar vem gritando aos quatro
cantos do país por reconhecimento.
Primeiro ouvir a BASE - A Comunidade Escolar
Para que o referido documento seja de fato a Base Nacional Comum, o movimento de produção do mesmo deveria ser o inverso. Primeiro ouvir a BASE. Ouvir quem está vivenciando o cotidiano das escolas: as/os profissionais e estudantes da educação infantil, do ensino fundamental, do ensino médio; as famílias e as comunidades campesinas, urbanas, quilombolas, indígenas, dentre outras tão importantes.
Para que o referido documento seja de fato a Base Nacional Comum, o movimento de produção do mesmo deveria ser o inverso. Primeiro ouvir a BASE. Ouvir quem está vivenciando o cotidiano das escolas: as/os profissionais e estudantes da educação infantil, do ensino fundamental, do ensino médio; as famílias e as comunidades campesinas, urbanas, quilombolas, indígenas, dentre outras tão importantes.
Ouvir a BASE significa reconhecer quem está com as MÃOS
na MASSA. Quem está vivendo o cotidiano das contradições políticas e das lutas
de poderes. Mas para tanto, necessário se faz muita coragem. Coragem para
desnudar a ideologia que se perpetua nas políticas educacionais.
Reconhecimento das vozes da Educação básica
Coerente com a luta
pela democracia, é de extrema importância o reconhecimento das vozes da educação básica, reconhecimento das mulheres professoras (maioria na educação básica), das
crianças, adolescentes e jovens invisibilizados/as, pela valorização das
comunidades campesinas, quilombolas, indígenas, etc.
É fundamental a inserção dos saberes e dizeres de todas as
pessoas com as quais a escola básica se encontra todos os dias. É preciso ouvir as vozes, os desejos e as necessidades reais das pessoas que
vivenciam o preconceito. É preciso muita coragem para ouvir em primeiro lugar os
sonhos da BASE.
Relações de poder
Estamos mais uma vez, vivenciando práticas que insistem pela
manutenção das relações de poder. Relações que subjugam os dizeres das/os
profissionais da Educação Básica. Relações que desconsideram as vozes de quem
de fato tem o que dizer, por que dizer, pra quem dizer.
Compromisso com a Educação Básica
No entanto, temos um
compromisso com a Educação Básica.
Por isso, em meio a esse movimento que segue as avessas, precisamos
ficar atentas/os ao tempo que nos resta, porque é o tempo que nos foi imposto
de apenas dois meses para analisarmos e refletirmos sobre o que já está
determinado por quem não representa a base.
- Você sabe o que significa o último trimestre de um ano letivo no cotidiano da educação básica?
- Você já parou pra pensar na carga horária das/os profissionais da educação básica?
- Você conhece a realidade das escolas campesinas unidocentes e pluridocentes?
- Você conhece o cotidiano das comunidades quilombolas e indígenas?
- Qual seria o tempo necessário e justo para uma análise crítica do documento que infelizmente não somos autores?
- O que se pode fazer em dois meses?
Para que se possa de fato compreender o que estão
propondo para a educação brasileira, necessário se faz um movimento de análise
crítica do documento já produzido.
Ler o documento as pressas e dar uma simples opinião, não possibilita a inserção da comunidade escolar como coautora como estão querendo nos fazer acreditar. Mais uma
vez a comunidade escolar está na condição de mera executora.
Bem! Enquanto executoras da produção da Base Nacional Comum
da Educação Brasileira, precisamos nesse tempo que nos impõem, dizer o que a
tanto tempo desejamos:
Que educação desejamos para o nosso País?
Edição: Ana Maria Louzada
Edição: Ana Maria Louzada
PARA REFLETIR!
Por que será que a BASE está ausente?
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