Concepções por trás da Base Nacional Comum!
Dando continuidade à reportagem sobre a BASE NACIONAL COMUM, reflita sobre as concepções que permeiam as suas proposições.
(...)
Bem como definido pela Constituição
Federal (CF) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), segundo o conselheiro nacional de educação José Fernandes, a Base
Nacional Comum Curricular deve seguir os objetivos da educação nacional
e levar em consideração a preparação dos estudantes para a continuidade
dos estudos após a educação básica, a formação para a cidadania e a
instrução para o mundo do trabalho.
“Devemos pensar, também, qual é a
concepção de currículo que está por trás da Base. Não é possível pensar
em documento muito centralizado, mas sim que sinalize e atribua às
escolas, aos municípios e às redes de ensino a tarefa de organizar,
contribuir e assumir os compromissos necessários para a garantia do
direito à educação”, defendeu o conselheiro. E complementou: “nós temos
que pensar bastante no dia posterior à aprovação do documento. Ele só
vai promover qualquer transformação se for discutido e incorporado pelas
escolas”.
Apesar de reconhecer que o maior desafio
será o momento de implementação da Base Nacional Comum, o Secretário de
Educação Básica do MEC, Manuel Palacios, afirma que o documento não
deve se limitar a princípios gerais. “Se falar que todo mundo tem que
ter compromisso com o desenvolvimento do pensamento crítico e com a
criatividade [fosse a solução], tudo já estaria resolvido”, alertou.E complementou: “nos próximos seis ou
oito meses nós temos que ser capazes de produzir uma boa Base Nacional
Comum. [Uma Base] clara, transparente, que seja entendida por todos os
que se interessam pelo tema e trabalham com educação básica, com
sequência de objetivos para cada componente curricular, que faça sentido
para nosso estudante, que sirva de referência para os materiais
didáticos e também para a formação dos professores”.
Para a ex-presidenta da Associação
Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope), Helena de
Freitas, é necessário pensar a Base Nacional para além de objetivos
focados nas áreas de conhecimento e na dimensão cognitiva do ensino. “A
construção da Base faz parte de um conjunto de iniciativas da política
pública educacional que não tem visado uma formação integral do aluno. A
discussão sobre ela está ligada aos processos de avaliação das crianças
e dos professores para, inclusive, vincular salários e bônus ao
desempenho dos estudantes, de cada docente e de cada turma em áreas
específicas”, constatou Helena.
Já o secretário Manuel Palacios afirma
que “todo currículo propõe objetivos possíveis de serem ou não
alcançados”. No entanto, segundo ele, “o que justifica a elaboração de
uma referência curricular é a necessidade de ter uma proposta de
trabalho, mas não a avaliação”. E completou: “o que não há [na proposta
preliminar da Base] é dizer que um determinado objetivo da química está
relacionado ao desenvolvimento da criatividade ou do pensamento crítico,
por exemplo, porque isso não muda a natureza da proposta”.
A ex-presidenta da Anfope, também
professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), defende que o MEC articule a discussão sobre a Base nos
estados e municípios, propiciando debate com as unidades educacionais.
“Nossa pressão é para que se adie o envio do texto ao Conselho Nacional
de Educação ou para que o Conselho tome nas mãos a responsabilidade de
realizar encontros estaduais com participação dos profissionais da
educação básica e das universidades”, defendeu Helena de Freitas.
No que diz respeito ao CNE, de acordo
com o José Fernandes, a Base Nacional Comum deve ser resultado de
negociação com a sociedade civil. “O Conselho irá se pronunciar mais de
pressa quanto mais a Base já tiver sido discutida. Se o documento chegar
com muitas arestas, nós teremos que fazer novas audiências públicas e
envolver os principais atores”, assegurou.
http://www.deolhonosplanos.org.br
PARA REFLETIR
Agenda Urgente!
Analisar a concepção que está por trás da Base Nacional Comum
(Clique aqui e acesse a Base para conhecer a sua concepção teórica filosófica e metodológica)
Leia Também!
Conheça os nossos serviços!
Comentários
Postar um comentário
Inscreva-se no blog e receba as Notícias em primeira mão
Deixe seu comentário!